Anamnesis...

Estranhamente, a resiliente Sumiko sai do carro sem lutar. Ela caminha pela calçada secando suas lágrimas enquanto ouvia uma sirene grave começar a tocar pela cidade.

Sumiko começa a caminhar sem destino. Ela procurava ficar longe de encrencas.

Sumiko nem liga para a sirene. Ela percebe que o hospital estava fechando suas portas e parecia estar começando a mover seus pacientes, pois havia uma grande correria lá dentro. As poucas pessoas que estavam na rua corriam para dentro de abrigos ou qualquer outra cobertura. Sumiko então começa a ouvir um barulho grave ao longe... Se aproximava cada vez mais... E vinha do céu...

Sumiko se afastava do hospital quando ouve o ruido. Se abraça, enquanto se encosta numa parede:

- O que diabos é isso?

Olha para o céu, na direção do ruido, tentando ver o que se tratava.

Sumiko não tinha uma visão ampla do céu no ponto onde estava, mas ela então começa a reconhecer o som de aviões quando eles já estavam bem perto daquele lugar onde ela estava. Depois de avistar os aviões, ela começa a ouvir um zumbido agudo, coisas estavam caindo dos aviões.

Ela arregala os olhos:

- O que é isso? Bombas? O que está acontecendo? Por que isso? O que eles querem? Será qué é isso que está atrás de mim?

Ela se encolhe, tentando se proteger. Procura um lugar para se esconder. Ao mesmo tempo, fica atenta para que nada daquilo - seja lá o que fosse - caísse sobre ela.

- Se cair... será que eu consigo fazer parar... daquele jeito?

Sumiko anda rápido pelas ruas, até que encontra um grupo de pessoas entrando dentro de um abrigo, sendo conduzidas por policiais. talvez aquele fosse um abrigo para civis.

Sem pensar duas vezes, Sumiko usa o seu tamanho para se enfiar no meio daquelas pessoas. Era melhor do que ser atingida por algo vindo do céu.

- É minha chance de escapar.

Sumiko se infiltra no meio do grupo de pessoas e entra dentro do abrigo. Uma escadaria leva até o subsolo, numa sala bem grande e suja, cheia de mofo, infiltrações e marcas ferrugem. Muitas pessoas estavam sentadas no chão, outras estavam conversando de pé, mas a maioria estava com um semblante pesado. Sumiko percebe uma mão agarrar seu braço e ela ouve.

- E aí guria, vai uma bala?

Sumiko se contorce, tentando se desvencilhar do toque em seu braço enquanto se vira para olhar para o cara, já dizendo:

- Ahn... não, obrigada. Era só o que me faltava.

- Que que há menina... Assim você vai deixar a gente triste... Tome, isso vai aliviar todas as suas dores, vai te deixar muito feliz...

Sumiko sente uma outra mão segurar seu outro braço, e uma outra voz masculina.

- Vamos mina, vamos se enturmar com a turma... Vai ser divertido...

- Por favor, me solta...

Sumiko tenta se desvencilhar. Ela sabia que não tinha chances. Sua chance era...

- Não quero fazer aquilo, mas...

Ela tenta canalizar aquela energia... aquele poder que usou contra o cara insuportável, para afastar aqueles dois.

<off: rolo o quê? >

int + psicocinese + psiquismo = 6 dados




Sumiko efetuou 6 lançamento(s) de dados d10 :

2 , 2 , 9 , 7 , 8 , 3

Sumiko tenta se desvencilhar da forma mais rápida possível. Infelizmente ela não sabia que pessoas comuns as vezes não aguentam o "rápido demais". Ela produz uma propagação de energia que empurra os dois marginais que estavam querendo drogá-la. Infelizmente ela não sabia controlar as coisas muito bem, e os dois acabam sendo arremessados, um deles se esbugalha contra a parede, formando uma arte moderna vermelha na parede, enquanto o outro teve a sorte de estar mais longe da parede e estar segurando o braço dela mais firme, o que amenizou um pouco o impacto, mas deixou seu ante-braço ainda preso no braço da menina, com os músculos contraídos num último estímulo vital. Todas as outras pessoas que estavam no abrigo começam a gritar ou chorar de medo. Mães escondem seus filhos, e homens escondem suas mulheres, em meio a murmúrios de "um monstro!", "é um demônio!" e coisas do gênero. Os homens mais fortes começam a segurar pedaços de pau e canos de ferro, para salvar suas famílias daquela aberração.

De olhos arregalados, Sumiko retira, com a mão, o braço que havia ficado preso nela.

- Ai meu Deus o que é que eu fiz? Preciso sair daqui...

Ela olha em volta, as pessoas com medo... medo dela... ela estava com medo dela. A respiração se torna ofegante. Procura por uma saída, precisava escapar dali.

- Eu não quero machucar mais ninguém, preciso sair daqui.

Começa a andar, em plena crise de asma, na direção da entrada do abrigo.

Teste sofrível de Vigor:
Sumiko efetuou 1 lançamento(s) de dados d10 :

8

Sumiko sente seu corpo ser bombeado por dentro como se fosse uma mangueira, ela até vê as ondulações sobre sua pele e acha que vai começar a explodir aos poucos, começando pelos pulmões, ou pelo pulmão. Mas então sua visão se nubla e suas vias aéreas se entopem, mas por pouco tempo, terminando com uma gigantesca tossida e uma crise de asma que faz ela cair sentada no chão. Seu corpo inteiro formigava, e ela percebe que as pessoas agora estavam começando a sair da defensiva e começaram a caminhar na sua direção, segurando paus, pedras e canos de ferro.

"Droga... meu corpo não responde..."

Os lábios se mexem, mas não existe ar suficiente para que a voz saia. Ela tenta falar, tenta dizer que não quer machucar ninguém. Tenta pedir para que eles se afastem... em vão. Ela estava indefesa.

"Não... não posso morrer agora..."

Lágrimas saem dos seus olhos. Ela ergue a mão na direção deles. Faz um esforço extra para conseguir falar:

- Me deixem... em paz... senão eu... faço de novo.

Está pronta para fazer aquilo outra vez, se eles continuarem a avançar. Ela não quer matar ninguém, mas nesse momento, sobreviver é mais importante.

Uma discussão havia começado, uns diziam que a culpa não era dela, outros queriam acabar com ela, outros diziam que era errado bater numa menina, e ainda outros só queriam que ela fosse embora. Mas a ameaça de Sumiko só piora as coisas, uma situação neutra de opiniões pende para um lado mais negativo para ela. Mas ainda assim faltava o catalisador, um primeiro golpe nela que abriria o caminho da surra.

- Saia daqui seu monstro!

Todos começam a gritar contra ela, de medo ou de raiva. Vários homens agarram ela e a arrastam para fora do abrigo de proteção, jogando ela na rua e trancando a porta na cara dela.

Sumiko não queria realmente machucar ninguém, por isso não reagiu. Mas agora ela estava do lado de fora, desprotegida, e com uma crise de asma que praticamente a impedia de se mexer.

- Preciso... sair... daqui...

Ela olha em volta, e olha para cima. Procura avaliar a situação, e ao mesmo tempo, procura um lugar para se esconder.

Sumiko cai na sarjeta do lado de fora do abrigo. Ela olha para todos os lados procurando um novo lugar para se esconder, até que algo chama sua atenção para cima. Uma bomba estava bem perto dela, a alguns metros apenas. Não havia tempo para reagir de outra forma a não ser tentar se proteger.

Ela se lembra de quando ainda não era nascida e ficava observando um grupo de estrelas anãs colapsarem em uma supernova capaz de gerar elementos pesados, formando uma nuvem de poeira lenticular que depois iria formar algo maior... Mas aquilo não era importante. Ela então percebe que já estava nascida, e estava numa "maternidade" que mais parecia uma sala branca de manicômio, e seu pai tira ela de lá às pressas, correndo de várias pessoas.

Até que a explosão passa. A bomba parecia ser forte, tudo num raio de 20 metros de Sumiko estava em chamas da explosão que havia acabado de acontecer. Tudo, com exceção dela e de tudo num raio de 3 metros dela. Tudo nesta área estava protegido por uma redoma força pura e brilhante. Ela era capaz de sentir a força saindo da ponta de seus dedos e de seus olhos como se fossem partes dela mesma, como braços e pernas, só que muito mais fortes e flexíveis.

Ela começa a caminhar entre as chamas, e então dissipa seu "escudo", extinguindo o fogo próximo. Ela havia voltado ao normal, com exceção da recente crise de asma que estava tendo a pouco, que agora havia dado lugar a uma dor de cabeça aguda e irritante. Ela percebe que o homem que ela havia arrancado o braço estava apoiado em um muro próximo, e ele então fala com ela com um rosto de drogado.

- Agora você vai precisar da droga, certeza... Mas agora ela vai ser um pouco mais cara, hehehehehe...

- Tão forte... está tudo fora de controle... não... eu tenho controle... eu senti, é parte de mim.

A menina leva as mãos à cabeça após o término daquele surto de energia que havia salvo sua vida.

- Eu fiz isso, como fiz com aquele cara... e com os dois lá dentro... preciso entender, preciso controlar... que lugar era aquele?

Ela segue a voz, e vê o homem que ela havia arrancado o braço. Escuta suas palavras.

- Não, você está morto e eu não preciso de droga nenhuma.

Ela sabia que aquela dor de cabeça não era normal, e que iria sim precisar da droga, sem saber ao certo por quê. Mas então ela sente uma sensação de paz e conforto, e sua dor de cabeça começa a passar aos poucos. Ela percebe que aquilo era uma sugestão telepática, cabia a ela aceitar ou não. O homem faz uma cara de tédio...

- Morto? Como morto? Só porque você me fez em pedaços eu tenho que morrer?

O homem arranca seu braço e depois coloca ele de novo no lugar.

- Você poderia ao menos ter me devolvido o braço, é falta de educação roubar os braços dos outros, sua mãe nunca te disse isso?